Oralidade

“Tem hora que a gente chega lá, esses dias mesmo eu cheguei lá, sentei assim naquela tabuinha que tá lá, né? Aí coloquei os pés dentro d’água e fiquei olhando, né? Olhando aquela água, aquele rio. Aí eu pensei comigo assim, né, falei assim, ô diacho, esse rio aqui era tão fundo, hoje tá tão raso, tão rasinho. E fiquei olhando ela, observando a água que vem e que volta. Só olhando pra ela. Eu sei que ela entende a gente, né? O pensamento da gente. Ela ensinou muita coisa, né? Ela ensinou a gente a viver aqui. Usar a água. Saber usar ela, saber carinhar ela e cuidar dela.”

Imagem em destaque: Kika Antunes


* Maria de João de Alta é agricultora da comunidade de Estiva, município de Chapada Gaúcha.

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