Para baixo
"Esse Manzuá já vem de muito tempo, diz que do tempo desse povo mais velho"

“A construção de um território desloca os limites do livro de cadastros e das cercas. Vence recortes de tempos e de espaços e amplia fronteiras que não nos bastam ou que nos atravessam situadas em outras geografias.

Célia Xakriabá pergunta: Onde o Brasil começa? Os ribeirinhos do São Francisco, do Urucuia, das comunidades de agroextrativistas, querem saber até onde caminharemos, enquanto assistem o Cerrado virar eucalipto e pasto. Vazanteiros, geraizeiros, povos indígenas, quilombolas, barranqueiros, agricultores, pescadores, benzedeiras e tantos outros nomes quase desconhecidos para além dos Gerais. Um mosaico de povos que tem como bandeira a natureza.

Nossa narrativa não é a do vazio, do que falta. A poesia nos lembra que o sertão é dentro e fora, é do tamanho do mundo. Coube a nós, editoras da Manzuá, fazer com que chegasse a um maior número de pessoas as vozes desse mosaico de povos, que não é apenas o conjunto de pedacinhos mas uma imagem que expande os sentidos do pertencer a esse vasto território chamado Sertão.”

Editorial da revista Manzuá, 1ª edição.

Cadê o Manzuá?

A Manzuá nasceu do desejo de abrir novos espaços de diálogo, aprendizado e afeto entre as pessoas, para além dos povos que habitam e formam o território do Mosaico Sertão Veredas – Peruaçu. Compreendemos a natureza não como recurso, mas como relacionamento vivo, sistêmico.

A revista impressa teve seu primeiro número produzido em 2016, fruto da trajetória de implantação do Mosaico. Queríamos, naquele momento, contar uma história. Mas entendíamos que a coisa mais preciosa estava no instante presente da vida. Que somente ele era capaz de comunicar o que permanece no tempo, porque continua gerando e sendo gerado no tempo. Que aprendemos a olhar com dignidade o passado e desejar o futuro se pudermos olhar o presente como processo vivo, como Travessia.

Agora temos nosso site, que abriga os conteúdos produzidos para a revista impressa e amplia o alcance como canal de diálogo, trazendo novas formas de acesso com recursos de imagem, áudio e vídeo.

Além disso, passamos a compreender a Manzuá para além da produção editorial da revista. O site é agora espaço para abrigar conteúdos e abrir canais que ajudem na sustentabilidade do nosso trabalho e de iniciativas de outros grupos e comunidades.

Bem vindas, bem vindos, se acheguem!

Quem ajuda
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